Após nove anos, o mais longo voo da história da aviação regular, ligando Cingapura a Nova York, com surpreendentes 15.335 quilômetros (9.529 milhas), chega ao fim sem grandes homenagens ou alardes. Apenas um pequeno coquetel, com direito a certificado aos últimos passageiros, foi oferecido pela Singapore Airlines.
O voo SQ21 pousou nesta semana pela última vez no Aeroporto de Changi, encerrando um dos mais importantes capítulos da história recente da aviação comercial. Inaugurado em 2004, o voo realizado pelo Airbus A340-500 se tornou rapidamente uma opção viável para passageiros de negócios que, em pouco mais de 18 horas, podiam praticamente cruzar o mundo, entre a América do Norte e o sudeste asiático. No entanto, a alta constante no preço do barril de petróleo inviabilizou as operações, com cada etapa custando em média US$ 11 mil por um assento na classe executiva.
Além disso, o A340-500 se tornou ao longo dos anos uma aeronave pouco rentável para os operadores globais, diminuindo, assim, qualquer vantagem econômica do voo. Com isso, a Singapore passa a oferece agora o voo com o A380, com escala em Frankfurt.
Voos de longo curso, com duração acima de 16 horas, têm sido cancelados pela maior parte das empresas aéreas que oferecem esse tipo de opção. Além da alta no preço do petróleo, os aviões que realizam esse tipo de missão são considerados de nicho, com o Airbus A340-500 e o Boeing 777-200LR, que, além de mais caros, são obrigados a voar com poucos assentos e quase nenhuma carga. No caso do Airbus, a descontinuidade na produção da família A340 deixou a operação ainda mais cara, especialmente por se tratar de um modelo equipado com quatro motores. No caso do Boeing, o modelo tem atendido agora rotas de menor duração, aproveitando, assim, o maior peso de decolagem para aumentar a capacidade de transporte de carga e/ou passageiro. A Singapore Airlines, aliás, tirou do site oficial as informações de frota referente aos A340-500. Os cinco exemplares serão colocados à venda.
Fonte:(Revista Aeromagazine)
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